Qual sentido terá a vida
Se o sentimento de amor perder o sentido
Na vida de quem ainda vive?
O olhar não teria o brilho suficiente para ser chamado
De visão;
- o voar do beija-flor não teria sentido; os
Toques, as cores, os sonhos que tenho e já tive...
Sem amor seria mal amado
Pelo próprio amor do meu coração.
Não teria emoção o tocar dos lábios,
O cantar, o toque da brisa, o disciplinar;
Qual seria do abraço a essência,
Pra ouvidar as lágrimas que correm?
Que sentido teria a ousadia dos sábios,
Ou o perfume da pétala ao se exalar?
Nada teria... Só displicência,
Sentimento exaurido. Momentos que sofrem.
Não haveria caráter, entretanto nenhum valor,
Que pudesse incitar a viver.
A alegria, o valor da amizade
Um ato sublime na simples ternura do doar.
Conclui-se, pois na falta do amor,
Que não existe sentido na vida de um ser.
Quando o amor se transborda, se torna saudade,
Se saudoso se torna, rorejando o olhar.
Qual sentido terá a vida, se não amar a alegria?
Se com os olhos brilhantes reflete a ternura,
Quais notas suaves, quais doces encantos
Quais raios da aurora na areia da praia.
É no encanto da noite o luar que irradia;
E arranca suspiros da canção que murmura.
N’ária tocante, olhos em prantos
Se não há o que amar a vida desmaia.