Dor de saudade
A amplitude de um desejo
No enfoque da vida se torna se torna imoral.
Se oprimir, não vejo...
Sou eu brisa calma, sou eu vendaval.
Porém a saudade cruel leva e traz,
As lágrimas frias dos olhos soturnos.
Se os sonhos perdidos a mente refaz,
É paz, amplitude, desejos noturnos.
A doçura inconstante que causa arrepio,
No centro da alma, nos veios ardentes.
Se existe a saudade, que traz longo frio,
Quão inexpressível é, amor tão quente.
Sou sim, brisa calma, sou eu tempestade,
Sou mera paixão, sou eu puro amor.
Se meu pensamento é pura saudade,
No entanto feliz, mesmo assim sinto dor.
silvano silva r20
OUTRO SONHO...
Chega o sono devagarinho
O luar traz seu carinho,
Num sonho que exala amor.
A dominar minha vontade
A buscar a felicidade
Lindo sonho sedutor.
Mas rompeu-se em harmonia,
No sonho, linda sorria,
Aquecendo-me em seus braços.
A rodar-te livre na relva
Qual fera em plena selva
No pulsar de um forte abraço.
No limiar da loucura,
A envolver sua cintura
Sentindo seu corpo quente.
‘Inda livre feito à brisa,
Ao luar que eterniza
Os lábios num beijo ardente.
E a força de uma emoção,
Como a enganar a razão
Num instante fez sonhar.
Como se premeditasse
Cabelos me envolvem a face
Doces lábios a me beijar.
Pra dominar sua vontade
Num ímpeto de ansiedade
Perdemos-nos em desejos.
Entregamos a fantasia
Qual névoa que acaricia,
Suas curvas em doces beijos.
Sentindo seu corpo quente
Na ânsia de um beijo ardente,
Roubo teus seios ao luar.
Vasto império dos sentidos
Corpos lunares fundidos
Num encanto que eu possa provar.
Seu cheiro me invade a alma
Num toque leve de calma
Na sensação do prazer.
Com beijos te acariciando
O luar nos iluminando,
Para o sonho desfazer.
silvano silva r21
Romântico demais
Perguntaram-me se eu era feliz
Quis responder, mas permaneci calado.
Fiquei triste por não revelar que,
Só sinto-me feliz estando ao seu lado.
Perguntaram-me o porquê da tristeza.
Disfarcei, olhei a distância e tentei sorrir.
Baixei os olhos, mantive-os fechados,
E as lagrimas teimosas começaram a cair.
Perguntaram-me o motivo do pranto
Não ousei dizer o porquê que eu chorava
Mas notaram porem, que as lagrimas lentas
Refletiam a imagem de alguém que eu amava.
Perguntaram-me então, quem me fascinava tanto.
Não revelei o segredo do meu grande amor.
Quis dizer-lhes quem eras seus olhos, sua simpatia...
Mas a voz foi cortada por soluços de dor.
Perguntaram-me então, que te esquecesse.
Que sorrisse para não sofrer assim...
Não sabem o que é o amor, não sabem que
Esquecer-te será impossível pra mim.
Disse-lhes entre lagrimas e sorrisos, que
A cada sorriso seu, meu amor crescia mais.
E que as lagrimas que eu derramava
Talvez fosse por ser, romântico demais.
silvano silva r39
IMPORTA...
Importa-se linda te acho?
Linda tez, tu és um doce.
Da lua o brilho, do universo astro.
Estrela minha, pudera fosse...
Importas se te admiro?
Riso fácil, olhar sereno.
Névoa calma, na qual me inspiro,
Desejo enorme, real, pequeno.
Diante teu corpo, da alma grandeza,
Menina bonita seu colo maltrata.
Do sonho fatia, porção de beleza.
Andar sinuoso, seu jeito me mata.
Menina bonita seu corpo é desejo...
Olhar que embriaga. Sorriso aberto.
Abala-me a alma se ao longe te vejo.
Se perto oásis, se longe deserto.
silvano silva r 45
Pelas rosas...
Pelas rosas do caminho
Sou eu questão do existir.
Se vago perdido sozinho,
Sem saber pra onde ir.
Pelas rosas do caminho eu sou
O rio que corta as montanhas,
E que o vale modificou.
Sou insula em suas entranhas.
Pelas rosas do caminho, inerme
Sou esperanças adormecidas.
Dádivas que a vida concerne,
E tornam-se esquecidas.
Pelas rosas do caminho
Sou as aureolas do amor.
Sorrindo por entre espinhos,
Como o nascer de uma flor...
Pelas rosas do caminho deserto,
Sou eu, insula perdida.
Com o mesmo sorriso incerto,
Com a mesma alma sofrida.
Pelas rosas do caminho,eu
Sou as rimas da poesia.
Se o tempo, a vida esqueceu
Sou do século, a alegria.
Roseirais, caminhos, rosas...
Destinos cruéis... Diferentes.
Caminhos, vidas chorosas.
Rosas para todo o sempre...
silvano silva r65
DESCRIÇÃO
E indefinido o sorriso
Qual porta do paraíso
Quais encantos da natureza.
Pureza que eterniza,
Que lembra o frescor da brisa,
Jóia de rara beleza.
Noite reinventada,
Nevoa calma enluarada
Aquecida por um beijo.
Saudade mais do que certa,
Quietude da praia deserta,
D’um mar de puro desejo.
Essência da rosa vermelha
Num lábio que assemelha
À pétala da paixão.
Caída da flor orvalhada
Pela brisa então levada
Pro jardim do coração.
Ressalta porem a ousadia,
Qual força que preludia
E o pensamento advinha.
Voz suave aveludada
Qual boca recém-beijada
és um encanto oh, fada minha.
silvano silva r032
Soneto da saudade
Saudade é sentir-se perto,
Mesmo longe, distante.
Peito ferido, mordaz deserto,
Assola a alma a todo instante.
Saudade: recordação suave e triste,
Vulto de amor, oculto no pensamento.
Incontestável fantasia que existe
No vão desejo da gente, a todo o momento.
Saudade, da angustia e companheira,
Do amor, elo de esperança e de paz.
Que alegra a vida por inteira...
Saudade é momento que se refaz,
Como a névoa de uma cachoeira,
Que o vento oscila – leva e traz...
silvano silva r25
Tornei-me poema
Tornei-me poesia
Pra entender corações;
Pra ouvidar dissabores,
Ascender paixões.
Versos que expressam amores...
Rima que chora e sorria.
Frases desconcertadas
Quais folhas ao vento
Do outono instigante.
Verso canta o lamento,
Da canção galopante
Quais folhas levadas.
Tornei-me poesia
Só pra ser confidente.
Pra aliviar sofrimentos...
Sou frase inocente,
Sou triste lamentos,
Canção na chuva fria.
Sou hoje poema
Na beleza do amanhecer,
Na sutileza do mar...
Sou o frio do anoitecer,
Calor de um beijo ao luar,
Amor, na névoa serena.
♥,♥.·´¨·.. silvano silva°¤♥¤°`·.,¸¸,♥.·´¨·.♥.♥
silvano silva r69R