Primavera que flore o jardim
Faz transformar em mim
Lagrimas em perfume.
Se a tristeza afugenta
O frescor da essência acalenta,
E a forma do amor assume.
Primavera encanta os dias
N’alva que preludia
Num horizonte incolor.
Borboletas se despertam
Assim, livres borboletam
Vagando de flor em flor.
Com lapidadas facetas,
O jardim das borboletas,
Rebrilha nas várias cores.
Não há disputas de espaço,
Qual fundir de um meigo abraço
Quais olhares de amores.
E o orvalho assemelha ao pranto
Da noite desiludida.
Que corre na pétala, fria
E na alma se irradiaA dor da inocência perdida.