NÃO HAVIA RIMAS
Quando te vi pela primeira vez
Quis fazer um poema, mas não houve rimas,
O que houve foi o inicio de uma historia em conto,
Se escrevendo em cada passo, cada olhar inesquecível
Cada sorriso, cada balançar de cabelo ao vento.
Não houve rimas , apesar do encanto, quando te vi.
Apesar das pétalas no olhar, e raios de luzes no íntimo...
Era noite de festa. Mas não via as luzes... a música era uma melodia
Muda, distante e estridente, mas não havia rimas...
Só notas perdidas formando acordes incertos.
Não houve rimas nem contato, houve fusão de olhares.
Devaneio instantâneo à profundidade do olhar...
Não houve nada, apenas você... eterno poema
Que nunca se finda, sem veios poéticos que o faça findar,
Melodia de amor que não termina, mas toca na alma qual vagas no mar.
Hoje sei que as rimas eram seus olhos. Firmes como flechas.
Hoje sei que a melodia é a sua existência, as notas seu sorriso.
Sei que os acordes tocam suaves mesmo sem serem tocados...
E que a razão do desvario, estão nos lábios, que lindos como pétalas,
Traduzem a boca mais linda e ávida a ser beijada.
Silvano Silva