Silenciosa forma de amar
Amo-te no silêncio da noite, sem
Que a mesma perceba que a lua me faz te lembrar.
Guiado pela brisa, sem rumo, pela madrugada fria
Cujo, orvalho como silenciosas lágrimas a escorrer
Na face das pétalas, faz gritar no âmago o desejo.
E tudo isso reflete o que o meu coração diz, sem dizer
Uma única palavra, na arte de se calar dizendo tudo.
Amo-te no silêncio perpetuado, dos olhos que gritam
Ao te ver, ou por necessitarem te ver...
No mesmo silêncio que uma brasa acende no peito
Que aquece, não tem jeito, e mal sabes tu, que é o
Desejo em aquecer-me em teus Abraços.
Amo o silêncio involuntário dos desejos, que acenam
Frenéticos como se lhes faltasse ar. Amo a textura da pele,
Seus lindos lábios silentes, explode-me o desejo em
beijar-te em silêncio... sentindo o calor da sua boca... a
doçura macia num silêncio quebrado pelo respirar, como
A sussurrar: “te quero “... – como se gritasse : “para sempre “.
O silêncio interpreta-me o amor, ao decifrar as minhas vontades
Mediante sua falta, e revela sua falta pela imensidão do vazio
Deixado pelo silêncio. Pois e nele que te decifro, te desejo,
E me inspiro numa silenciosa forma de amar...