Quando a névoa da saudade recai sobre
a imensidão
Do mar do meu peito, sinto-me grão de
areia,
Onde as águas sussurram num doce
estalar.
A solidão se faz companheira na praia
das lembranças,
Num arder insólito, gélido, insano,
Que navega na brisa, num doce penar.
Não me esqueço de esquecer o frio
constante
Que no silêncio d’alma canta canções
que
Amargam palavras, embora desditas.
Sob olhares que desconheço imagino
estar
Acondicionado sobre areia solitária
Da úmida e fria solidão infinita.
Sinto-me como concha na areia
ríspida,
Veementemente ilusória,
Querendo me consumir.
A entrega abandonada e incessante
Vagando num só instante
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