Me beije
Antes Que o Sol Se ponha e o
horizonte se cubra de negro, Me beije
Antes que a névoa dissipe ou
mesmo antes do sol nascer me beije;
No calor do dia ou no alívio de uma
brisa que me enxuga o suor, me
beije
Antes que a ilusão se aflore e a
história da minha vida perca o
sentido, me beije;
Intensamente como se fosse o
último, o único, o necessário beijo
Para que Minh’alma seja lavada,
Como pétala virgem sob o orvalho .
Como se não houvesse o amanhã,
me beije;
No silêncio do luar não contemplado,
Mas que mesmo assim brilha, me
beije;
Como se nunca houvesse passado,
nem decepções, nem lágrimas, me
beije;
Como se nada ao redor existisse, ou
ninguém ao seu redor, me beije:
Me beije como a esquecer do
mundo, se os último segundos me
restasse a respirar. O clássico beijo
que torna o simples em majestoso,
o insosso em doçura, o óbvio no
inexplicável.
No sonho adormecido, na vaga
lembrança da mente, me beije;
no risco proeminente, na decisão
mais dolente, me beije,
No jardim solitária flor, ou no calor
de frio extremo, na extremidade me
beije;
Noite ainda, dia alto, não me
importo, não se importe... apenas
me beije, temporal desfeito... nem
vento, nem temporal, nem frio lá
fora... apenas calor no peito
irradiando na alma... apenas me
beije...
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