te amo

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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Volto a sorrir um sorriso

Que a muito descoloriu.

Na mesma rua deserta,

Na mesma praça de horrores

No mesmo jardim sem flor.



Volto a sorrir um sorriso

             Que há tempos deixou de existir.

       Que deixou de ter perfumes;

Que deixou de ser luar;

 Que deixou de ter calor.



Volto a sorrir um sorriso

Que já começa a nascer,

Entre as rochas do abismo.

Planta nipo restaurada

Dos íngremes vales infaustos.



                                                        Volto a sorrir um sorriso.

     Já vejo seus raios que brilham,

   Como o desenrolar do destino

De asas brancas, vermelhas

Com matizes de esperança.



Volto a sorrir um sorriso

De flores, de primavera, de cores.

Sem as discrepâncias da mente,

Sem os equívocos da vida,

Nem a exuberância de horrores.

Mas, volto a sorrir um sorriso.

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