Volto a sorrir um sorriso
Que a muito descoloriu.
Na mesma rua deserta,
Na mesma praça de horrores
No mesmo jardim sem flor.
Volto a sorrir um sorriso
Que já começa a nascer,
Entre as rochas do abismo.
Planta nipo restaurada
Dos íngremes vales infaustos.
Volto a sorrir um sorriso.
Volto a sorrir um sorriso
De flores, de primavera, de cores.
Sem as discrepâncias da mente,
Sem os equívocos da vida,
Nem a exuberância de horrores.
Mas, volto a sorrir um sorriso.
Que a muito descoloriu.
Na mesma rua deserta,
Na mesma praça de horrores
No mesmo jardim sem flor.
Volto a sorrir um sorriso
Que há tempos deixou de existir.
Que deixou de ter perfumes;
Que deixou de ser luar;
Que deixou de ter calor.
Volto a sorrir um sorriso
Que já começa a nascer,
Entre as rochas do abismo.
Planta nipo restaurada
Dos íngremes vales infaustos.
Volto a sorrir um sorriso.
Já vejo seus raios que brilham,
Como o desenrolar do destino
De asas brancas, vermelhas
Com matizes de esperança.
Volto a sorrir um sorriso
De flores, de primavera, de cores.
Sem as discrepâncias da mente,
Sem os equívocos da vida,
Nem a exuberância de horrores.
Mas, volto a sorrir um sorriso.
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