OUTROSSIM
O vai e vem sonolento do dia após dia
No lírico enlace entre o ontem e o amanhã,
O arraste turvo de hora após horas. Inexplicáveis...
Ponteiros do tempo que não quebram nem cansam
Quão pás incansáveis a limpar o presente. Quem diria!
Quem dera outrossim, frenassem-se os elos,
E a corrente dos dias dormente parasse,
P’ra um sono tranquilo envolver-me as pálpebras,
Na doce brandura de um sonho a reinar,
Num mundo encantado inerte ficasse.
Jardins, como o Éden seria meu mundo,
Na doce harmonia da ária dos ventos.
No acervo de acordes da canção desejada,
N'alva escrita ,porém jamais tocada. Sussurros
De amor. Inesquecível momentos...
A cada repassar da névoa, a cada gota de orvalho,
Meus olhos minudenciam sua leveza e seu frescor.
São prismas que rebrilham , dialetos do coração,
Indizíveis, mas lúdico como o voar da andorinha,
Na resiliência do sonho, maior ganho que a paixão.
Sim, é amor enternecido, brilhante na escura noite,
A beleza de um bem falar, caminhos de pedra e flores,
No silvo breve das aves, o desabrochar da rosa em botão.
O freno dos dias eternizados em romance paz e calma,
No sono perpetuado na alma, vida, sonhos e amores...
Pr. Silvano Silva
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