Hipocrisia
As vezes me canso da hipocrisia desmedida e insensata
Das objecções sem nexo, desatinadas e defendidas por
Meio século de atraso da evolução de caráter.
Palavras pejorativas, lançadas como flecha que mata
O íntimo esculpido por vaidades impostas, decaídas
E depravadas no “d n a.” Sim! Célula máter...
As vezes me entristeço com a falsidade latente,
Incrustrada nos argumentos frios e calculados,
Um “não sei quê” sem nenhum desconfiômetro.
A arrogância assistida, sendo o humanismo ausente,
Em mentes sem neurônios, puramente transtornados
Separados do intelecto, não por metro, sim por quilômetro.
Desacreditado me sinto diante de claras situações,
Em que as pessoas não se amam, e não deixam ser amadas,
Ternura é contrastante, à frieza do egocentrismo.
Não se exalta um sentimento. São duros os corações,
Como pedras puras, rústicas, prontas pra serem quebradas,
Não se concretiza sonhos, tudo supérfluo em achismo.
Prefiro manter a alma não manchada pelo modernismo,
Pra poder sonhar, amar sem limites, na conduta e matizes
Que possibilitam acreditar, em amar e ser amado.
A subordinação clara consciente sem o falso moralismo
Antiético e fundamentado em vãs e fracas diretrizes,
Pra dar mais valor à paz, do que viver preocupado.
Silvano Silva