saudade

Saudade... como explica-la? Não sei.

Abrange o espaço donde estás, até onde estou.

O longínquo se torna perto, o rápido, demorado.

Mesmo forte, penso: não suportarei...

Em minha mente estás, quando longe você ficou,

Mesmo te conhecendo há anos, a vida toda tenho te amado.

Não se explica o inexplicável quem dera pudesse 

os dias as noites os minutos que enaltecem,

 vivo, respiro e amo a essência de ti.

 não sei explicar as lembranças que não se apaga da mente,

 não dá para entender as emoções que o coração sente,

 ou mesmo explicar Sensações, que jamais, nunca senti.

Como explicar a saudade? creio ser a presença do amor

Como o espinho que perde o sentido co'a simples presença da flor.

Te amo desde que te vi.  Vi meu mundo em seu olhar.

 sentidos que não se explica, dói assim dolentemente,

Imagem que a memória, tanto vê, tanto te sente,

Tornando-me mais que convicto, que pra sempre vou te amar.

Silvano Silva R

Coisas e coisas

Coisas e coisas

Existe coisas que tocamos, temos e vivemos. Outras

devemos contemplar à distância...

Observar bem... e medir se está ao alcance das mãos.

Até onde eu posso alcançar? até onde meus dedos podem tocar?

 até onde sou capaz de sentir, o intocável o inalcançável...

É por isso que existe algo que podemos tocar, sentir e se deleitar.

Existe algo que está ao nosso alcance:

 um corpo, um sorriso, uma flor,

um objeto, um sentimento, um amor.

Uma ajuda, um bem querer,  um abraço.

Um toque, um sentir... o que eu faço?

Um corpo que seja , um sorriso que me toca a alma,

Uma flor que para tê-la, tenho que enfrentar espinhos.

Vaidades, sentimentos apenas na Essência... paixão,

Toque sentido, no âmago o nascer do amor, o caminho.

A nitidez da experiência, junta à incompreensão.

Existem coisas que  jamais podemos tocar:

 nuvens à distância que fazem sombras  e enfeitam,

 ou geram a tempestade na imensidão de um céu que encanta,

mas de azul intocável.

Sentimentos esconsos que jamais serão revelados,

atitudes não compreendidas, ou conhecimentos que pertencem ao Alto.

Existem coisas vivenciadas apenas no imaginar .

Algo que as limitações distanciam ‘inda mais, ou rejeitam,

Como fruto inexistente da infrutífera planta,

E é assim na pequenez do ser o inexplicável,

Ambas coisas se assemelham se no íntimo amadas.

Pr. Silvano Silva.

Circunstâncias

Circunstâncias 

Porque preocupas em seu coração?

Queria mudar as circunstâncias que te apregoam o pesar

Na alma. Fatos que teimam em roubar a paz e te atribula o espirito.

Sim, queria poder fazer-te sorrir por dentro, mesmo se para isso tenho

Que abrir mão dos meus sentimentos ou sonhos.

Meu íntimo chora, quando sua alma abatida está.  Um redemoinho 

Invade-me a mente, as incertezas tentam sufocar, sua alma por indecisões,

Minh’alma por não entender as situações. Quando sua alma chora, sinto

Um aperto por dentro, e em silêncio minh’alma chora contigo. 

Esperas que te alucinam. Dias que parecem não ter fim, apreensivas

noites pesadas e dolorosas, que amarguram-te a alma, e fazem o 

Meu coração bater no ritmo do seu. O desejo de te abraçar e estar 

Assim pela eternidade, se transformar numa verdadeira realidade.

coração com coração, alma com alma. assim queria poder estar com você.

 sentir o que você sente, andar onde você anda, comer o que você come,

 rir do que você fala e chorar com suas lágrimas. Festejar suas vitórias,

 sorrir com seu sorriso.  é assim que queria estar...  parte fundamental da sua vida 

em todos os momentos bons ou ruins, poder estar dividindo cada espaço,

 cada momento, cada segundo.  só sei que te amo muito e que esse amor

 sustenta a realidade dos meus desejos.

 Queria poder participar dos momentos bons, participar dos seus sonhos, ser o

 número um, da sua lista, ser o abraço esperado ansiosamente, a mão que segura na 

sua mão no momento de desespero, seu confidente e a confiança. a pessoa que te elogia 

que exalta sua beleza, que te compreende e te enxerga por dentro.  no entanto minha alma

 chora por não poder te fazer sorrir, meu corpo aquece por não poder te abraçar, minha voz

 emudece diante da distância, mas ansiosamente te amo te amarei por todo sempre.

Silvano Silva R

Visão da alva

Visão da alva

De longe te vi. Alva como o lua envolta no lençol das nuvens. E os meus

Olhos se encheram de estrelas cadentes; meu corpo trêmulo como folhas

Ao balanço da brisa, acusava a emoção que traduzia veementemente o

Amor que sinto, no desejo demasiadamente apaixonante em olhar-te,

Apenas te olhar incansavelmente, extasiado com a beleza do luar no céu 

Da sua pele.

Como sol em plena noite, aquecestes meus sentimentos. Um vulcão 

Que transborda dentro do peito, continuamente derramando paixão. Que maravilhosa paisagem: lua adornada de nuvens. E na alvura dos seus detalhes ‘inda mais 

me apaixonei. Impactado, me surpreendo como se te visse pela primeira vez, alva

Tenra e apaixonante. E me perdi em temor e alegria, ouvindo no silêncio do âmago 

As batidas de um coração acelerado, como voz gritante e persistente, falando no silêncio 

Da minh’alma  “eu amo esse corpo de luar”. 

Vi meus olhos te envolver em silêncio. E ao longe gravar sua imagem, cuidadosamente 

Inspirando poemas. E no silêncio, procurar sua voz... E sentir o vento trazendo seu cheiro.

A fragrância inesquecível de um sonho eternizado.

Viçosa, como flor na madrugada. O espelho da lua, no frescor do orvalho em gotas ;

 abundante em preencher-me o olhar. E na dimensão do amor, me embriago do sonhar.

E na pureza da alva pele, a pureza de uma essência que me faz apaixonado.

Silvano Silva R

Olha-me

Olha-me

Olha-me com o mesmo olhar penetrante, que adentrou minh'alma 

e ali se alojou. Com o mesmo brilho, de um real diamante, rima dos  versos

Que minh'alma inspirou. Deixa-me reviver o momento, ainda nítido Como se 

Recente fosse. Guardado se encontra no meu pensamento, lembrança ‘inda viva,

Pairando na mente

Olha-me por favor, com o mesmo ímpeto decisivo. Com jeito de menina que sonha,

Que deseja, que sabe o que quer. Olhar que chega forte, sem prévio aviso. Menina

Faceira, em corpo de mulher. Olha-me com olhar de quem se sente segura,

Me faça sonhar, me faça estremecer. Olhar que não foge, que cresce, perdura, 

Que navega em meus sonhos, habita em meu ser.

Olha-me assim. Me faz sentir menino no primeiro amor. Me olhe nos olhos

Qual ondas dominam a textura do mar. Olhar que enaltece, és brilho, és fulgor,

A seta do amor, que me fez te amar.

Silvano Silva R

Puro sentimento

                             

Puro sentimento

Nunca ignore quem sente algo por ti, que te ama,

Pois se ama, do bem se trata. Algo no íntimo te chama,

Te busca no pensamento, nada mais é, que a saudade.

Se ama, chora por sua tristeza, porque ama seu sorriso,

O que outros não valorizam, é tudo que mais preciso ,

Enquanto te entristecem, tu és minha felicidade.

Não ignores quem te ama, fugindo com seu olhar,

Não fujas da minha presença, pelo fato de te amar,

Não se odeia quem te ama, mesmo se num momento.

Se ama não vê defeitos, no íntimo ama a essência,

E a beleza que há por dentro, vale mais que aparência,

É algo inexplicável, terno e puro sentimento.

Não ignore quem te ama, não retraia seu sorriso,

O que a esmo se escondes, pode ser o que preciso,

O fato de retrair-se, só faz aumentar o amor.

Se assim a saudade aumenta, e quero demais falar,

Quem ama por mais que sofra, está pronto a ajudar,

É algo que vem de dentro! Não é pena, nem favor.

É sentimento sublime, o nome dele é amor

Silvano Silva R

Please forgive me

Please forgive me

O AMOR É UMA ROSA 

O amor e uma rosa com matizes brancas

Que em noites enluaradas brincas,

De brilhar sobre o galho, qual no céu o luar.

Lembra-me o sorriso de menina bonita,

Seu olhar de ternura que vem e que fica,

Me escravizando num doce sonhar.

O amor é uma rosa de cor bem amarela

Por mais que haja espinhos está sempre bela,

Igual sorriso de menina faz apaixonar.

Viçosa em sua face, no corpo o desejo

Que estremece-me o corpo, quando te vejo,

Num sublime arrepio, me incita a te amar.

O amor é uma rosa, de cor sempre rosa

Feminina, enfim, singelamente amorosa,

Com gestos galantes, pétala rosada.

Me fazem  seus lábios aflorar-me a mente,

No desejo de um beijo, suave, ardente,

O tocar em sua pele, macia e cheirosa.

O amor é uma rosa bem vermelha,

Que na névoa da noite se assemelha,

Ao meu coração, batendo no peito.

Só queria, como névoa Seu toque sentir,

Olvidar os espinhos e alegre sorrir,

Desvendar sua essência, seu corpo, seu jeito.

Silvano Silva( R)

                                           INEXPLICÁVEL
Inexplicável é ter uma pétala nas mãos,
E associa-la ao seu rosto: pele macia e alva,
O rubor repentino de quando te vejo acanhar-se por algo.
 A leveza de um sorriso que marca , não por nenhum intrépido,
Mas pela suavidade do mover dos lábios como a pétala que nas 
Minhas mãos, origina um mundo de sonhos, imenso, mas, cuja,
Entrada está simplesmente na palma da minha mão.

Inexplicável é ver a lua e lembrar seu corpo,
E o orvalho sobre as folhas, como o frescor da pele alva
Quando se banhas. É ver nas estrelas seus olhos quando brilham
Por sobre um sorriso que me emudece e me faz andar pelo mundo 
Imenso da pétala de uma rosa, cuja, imagem seu rosto estampa,
Aquela pétala na palma da mão, que tremula serena , com a
Mesma emoção de tocar-te a pele... 

Inexplicável é ver-te olhando, de súbito quando queria baixar 
Os olhos. É perder as palavras quando ao seu lado, e me ver 
Buscando assunto, sem assunto, no sentido de parecer normal.
Inexplicável, é me ver olhando seus lábios, e mesmo sem senti-los,
Perceber e ter a certeza da terna maciez qual pétala de rosa tenra,
Com seus veios de seiva, realçando a textura do desejo esconso
Nos olhos, cuja, lágrimas caem como orvalho, refletindo 
Luzentes sobre a pétala inerte sobre a minha mão.

             Silvano Silva (R)

Meus olhos atiram flechas

Embebidas de interrogações, e

Exclamações que não se calam

O pensamento arqueiro alude o

Insano e o puritano sentimento.

Meu olhar lança a essência,

Colhida da primavera ainda fresca

Mergulhada no firmamento

Do amanhecer...

Mas ao anoitecer,

Voltam-se as flechas atiradas,

Pelas trilhas esconsas nas lagrimas.

Mas de repente me vejo embalar,

Pela rede do luar que não ouve

O som da valsa das estrelas

Que brincam de se esconder.

Até que a alva atire seus raios...

A vida, a oportunidade...

E os olhos atirem flechas

Embebidas de interrogações, e

Exclamações que não se calam,

Sem ninguém pra responder...
silvano silva r25